1 - ASPECTOS MORFOLÓGICOS E AMBIENTAIS DA LINHA DE COSTA ENTRE A PRAIA DE COROINHA (ITACARÉ) E A PRAIA DA MARAMATA (ILHÉUS) – SUL DO ESTADO DA BAHIA.

 2 - CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA LINHA DE COSTA DA COSTA DO CACAU - LITORAL SUL DA BAHIA

 3 - CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E AMBIENTAL DA LINHA DE COSTA ENTRE O MORRO DE PERNAMBUCO, LITORAL SUL DE ILHÉUS, E CANAVIEIRAS (COSTA DO CACAU) – SUL DO ESTADO DA BAHIA.

 4 - DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E NOVAS TERRITORIALIDADES NO EXTREMO SUL DA BAHIA.

 5 - IMPACTOS CAUSADOS POR TENSORES DE ORIGEM ANTRÓPICA NO SISTEMA ESTUARINO DO RIO SANTANA, ILHÉUS, BAHIA

 6 - IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS E ECONÔMICOS DO TURISMO E AS SUAS REPERCUSSÕES NO DESENVOLVIMENTO LOCAL: O CASO DO MUNICÍPIO DE ITACARÉ – BAHIA.

 7 - IMPLICAÇÕES DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA PARA A ANÁLISE DAS ALTERNATIVA LOCACIONAIS DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA MALTIMODAL DE TRANSPORTE E DESENVOLVIMENTO MÍNERO-INDUSTRIAL DA REGIÃO CACAUEIRA – COMPLEXO PORTO SUL.

 8 - TURISMO SUSTENTÁVEL EM ÁREAS LITORÂNEAS: O CASO DOS  MANGUEZAIS DE CANAVIEIRAS, BAHIA.

1 - ASPECTOS MORFOLÓGICOS E AMBIENTAIS DA LINHA DE COSTA ENTRE A PRAIA DE COROINHA (ITACARÉ) E A PRAIA DA MARAMATA (ILHÉUS) – SUL DO ESTADO DA BAHIA

RESUMO

A área investigada localiza-se no trecho do litoral baiano conhecido por Costa do Cacau, e se estende desde Itacaré, no estuário do rio de Contas, até a Praia da Maramata, no estuário do rio Cachoeira, em Ilhéus, compreendendo cerca de 90 km de extensão. A linha de costa é bastante variada em seus aspectos morfológicos, com muitas reentrâncias e saliências, e em suas paisagens e ecossistemas, que representam um verdadeiro santuário ecológico, com praias, costões rochosos, manguezais etc. Todos esses ambientes formam um conjunto de inegável  beleza cênica, o que justifica a forte aptidão para as atividades de turismo, recreação e lazer. O presente trabalho teve como objetivo a elaboração de um banco de dados morfológicos e ambientais da linha da costa que compreende os aspectos físicos (tipo de linha de costa, estado da linha de costa, classificação morfodinâmica das praias, declividade, granulometria etc.), antrópicos (urbanização, lixo e concentração de barracas) e biológicos (presença de cobertura vegetal).

2 - CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA LINHA DE COSTA DA COSTA DO CACAU - LITORAL SUL DA BAHIA

RESUMO

Atualmente, grande parte da zona costeira vem sofrendo algum tipo de modificação em seu estado natural por conta da sua intensa utilização pelo homem. Na Costa do Cacau, as praias aparecem como o maior atrativo natural, constituindo-se em uma das maiores fontes de emprego e renda para a comunidade regional. A intensa atividade em torno desse ambiente tem produzido, localmente, impactos que acabam por afetar a vida econômica e social da região.

Foi feito um caminhamento para a aquisição de dados referentes às condições naturais e antrópicas da linha de costa da região, em intervalos de um quilômetro, ao longo dos 164 quilômetros da área, no período de 10 a 24 de Dezembro de 2003. Foi realizada também uma modelagem numérica, a partir de diagramas de refração de ondas, para a estimativa da intensidade potencial e do sentido da deriva litorânea efetiva de sedimentos ao longo da Costa do Cacau.

O presente estudo mostrou que a Costa do Cacau, predominantemente, apresenta sedimentos com granulometria  fina, têm baixa declividade e grande largura na face da praia. A zona de surfe é caracterizada por arrebentação do tipo mergulhante, ondas grandes (>0,5m) e por duas linhas de arrebentação. As correntes de retorno estão presentes em grande parte de suas praias. Os estágios morfodinâmicos mais freqüentes foram o dissipativo e intermediário de alta energia (ondas >0,5m), esse último aparecendo ao longo de quase toda a extensão da área.

As praias foram agrupadas em quatro categorias de risco para banho: a) risco muito alto, atribuído aos trechos com praias intermediarias de alta energia (ondas>0,5m); b) risco alto, atribuído aos trechos com praias dissipativas; c) risco moderado, atribuído aos trechos com praias intermediarias de baixa energia (ondas<0,5m); e d) risco baixo, atribuído às praias protegidas.

Ao longo da Costa do Cacau foram identificadas três categorias de linha de costa: a) bordejada por terraços arenosos  (96, 34%); b) bordejada por costões rochosos (1,83%); e c) bordejada por promontórios rochosos intercalados por praias do tipo “praias de bolso”.

A dispersão de sedimentos mostrou um padrão unidirecional com sentido sul-norte em quase toda a área analisada, exceto no trecho costeiro referente ao bairro do São Miguel, que apresentou sentido norte-sul para o transporte de sedimentos.

Atualmente, ocorre erosão em 20%  da área de estudo, condições de equilíbrio em 48%, progradação em 29% e 3% sob elevada variabilidade. A sensibilidade ao derrame de óleo foi considerada: a) baixa, nos trechos constituídos com costões rochosos; b) moderada, nos trechos com praias arenosas; c) alta, nos trechos que apresentam enrocamento; e d) muito alta, nos trechos com terraços alagadiços e manguezais.

O lixo plástico esteve presente em 87,2% dos pontos amostrados, seguido pelo óleo, encontrado em 17,68% dos pontos e, pelo vidro, encontrado apenas em 4,27% dos pontos. Outros resíduos foram encontrados em 22,56% dos pontos, sendo o isopor o mais freqüente desta categoria

3 - CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E AMBIENTAL DA LINHA DE COSTA ENTRE O MORRO DE PERNAMBUCO, LITORAL SUL DE ILHÉUS, E CANAVIEIRAS (COSTA DO CACAU) – SUL DO ESTADO DA BAHIA

RESUMO 

A zona costeira do Estado da Bahia possui papel de destaque, pois dos 9.200 km de extensão do litoral brasileiro, esta perfaz 1.183 km. A área estudada situa-se na Costa do Cacau - no litoral sul da Bahia e estende-se desde a praia da Concha, no Morro de Pernambuco - município de Ilhéus até a ilha de Atalaia, na barra do rio Pardo - limite sul do município de Canavieiras. Possui uma extensão de aproximadamente 112 km, com uma linha de costa bastante variada em seus aspectos morfológicos, apresentando extensas praias arenosas, algumas quase intocadas, bordejadas por terraços arenosos, afloramentos rochosos, arenitos de praia e manguezais. Poucas reentrâncias e saliências fazem com que o litoral seja quase retilíneo. O presente trabalho teve como objetivo a elaboração de uma base de informações das características morfológicas e ambientais da linha de costa com o intuito de fornecer subsídios a ações de uso e ocupação do litoral.

4 - DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E NOVAS TERRITORIALIDADES NO EXTREMO SUL DA BAHIA

RESUMO

O Extremo Sul da Bahia apresenta naturalmente grande fragilidade ambiental. Esta fragilidade está diretamente ligada a fatores naturais como: a cobertura sedimentar de origem terciária e quaternária; os grandes índices pluviométricos; e das baixas declividades. Tais fatores tornam a área susceptível a processos erosivos. O avanço da ocupação em direção ao interior deu-se de maneira bastante lenta, no entanto, a partir da década de 40 todas as Mesoformas foram intensamente ocupadas, o que alterou os aspectos morfogenéticos e acentuou a fragilidade ambiental da região, intensificando a ação das enchentes, abreviando os processos erosivos e os movimentos de massa, acelerando o desmatamento (diminuindo a biodiversidade) e alterando a dinâmica climática. O objetivo deste trabalho é caracterizar como se deu o uso e a ocupação da região Extremo Sul da Bahia, identificando as principais transformações na paisagem, associando a dinâmica demográfica e as transformações no uso a partir de 1945. Concluiu-se que o processo de ocupação do Extremo Sul da Bahia tem se intensificado na segunda metade do século XX, dinamizou a economia local que causou a degradação socioambienal da área, podendo identificar-se algumas conseqüências mais marcantes para a região: a devastação da Mata Atlântica; o uso inadequado do solo; agravamento da fragilidade ambiental; crescimento acelerado do contingente populacional, e surgimento de novas cidades, atingindo o maior índice de urbanização do Estado.

5 - IMPACTOS CAUSADOS POR TENSORES DE ORIGEM ANTRÓPICA NO SISTEMA ESTUARINO DO RIO SANTANA, ILHÉUS, BAHIA

RESUMO

 

Estuários apresentam características ambientais únicas que resultam em elevada produtividade biológica. Esses ecossistemas desempenham papéis ecológicos importantes, como exportadores de nutrientes e matéria orgânica para águas costeiras adjacentes, habitats vitais para espécies de importância comercial, além de gerarem bens e serviços para comunidades locais (Clark, 1996).

Assentamentos urbanos e o desenvolvimento de atividades industriais, portuárias, pesqueiras, de exploração mineral, turísticas, entre outras, sem planejamento adequado, vem colocando em risco os atributos básicos dos estuários brasileiros e ecossistemas associados; resultando na diminuição da qualidade de vida da população local (Schaeffer-Novelli, 1989).

Em Ilhéus, estuários e manguezais têm sido os ecossistemas costeiros mais comprometidos, frente à acentuada expansão urbana que a cidade tem experimentado na atualidade (Fidelman, no prelo). O estuário do Rio Santana estende-se desde sua confluência com o Rio Cachoeira até a localidade do Rio do Engenho, aproximadamente 6 km à montante. Seu limite superior é definido pela presença de "degraus" rochosos, onde se formam pequenas cachoeiras, que limitam a influencia da maré rio acima. Constitui local para recreação, lazer, e turismo. Apresenta importantes atrativos paisagísticos (e.g. manguezais ao longo de suas margens, cachoeiras). Constitui ainda, importante sítio histórico da colonização brasileira, abrigando a terceira igreja mais antiga do país. Os recursos estuarinos representam fonte alternativa de subsistência para comunidade de baixa renda, através da pesca e coleta de crustáceos e moluscos.

6 - IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS E ECONÔMICOS DO TURISMO E AS SUAS REPERCUSSÕES NO DESENVOLVIMENTO LOCAL: O CASO DO MUNICÍPIO DE ITACARÉ – BAHIA

RESUMO

 

Na Bahia, nordeste brasileiro, o turismo tem se revelado uma alternativa atraente para o desenvolvimento econômico da região Costa do Cacau e, destacadamente para o município de Itacaré, que desponta na preferência dos turistas nacionais e internacionais que freqüentam o sul do Estado na alta estação. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho é efetuar um estudo dos impactos sócio-ambientais e econômicos do turismo e suas repercussões no desenvolvimento local.

7 - IMPLICAÇÕES DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA PARA A ANÁLISE DAS ALTERNATIVA LOCACIONAIS DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA MALTIMODAL DE TRANSPORTE E DESENVOLVIMENTO MÍNERO-INDUSTRIAL DA REGIÃO CACAUEIRA – COMPLEXO PORTO SUL

RESUMO

 

Este relatório foi desenvolvido no contexto do Contrato de Cooperação Técnica entre o Instituto de Meio Ambiente (IMA) e a Fundação COPPETEC, para a realização da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)  do Programa Multimodal de Transporte e Desenvolvimento Mínero-Industrial da Região Cacaueira do Estado da Bahia, com o suporte técnico do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente (LIMA). A decisão de se realizar a referida AAE é resultado de iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA), motivada pelos investimentos programados para a região no campo da logística de transporte e da metalurgia.

Embora não faça parte do escopo da AAE, a realização desta Avaliação das Alternativas Locacionais do Complexo Porto Sul foi acordada entre os contratantes em função de demanda específica da Secretaria da Casa Civil do Estado da Bahia para indicação preliminar das oportunidades e das ameaças ambientais vinculadas às opções em análise.

Este documento, inicialmente, contextualiza e apresenta o objeto de análise e as três alternativas locacionais consideradas, seguida da análise, respaldada em indicadores selecionados, dos fatores críticos e respectivos processos identificados como estratégicos, caracterizando a situação atual e os impactos e riscos ambientais decorrentes do conjunto potencial de empreendimentos previstos. A consolidação dessa análise consta de uma matriz síntese descritiva e de uma matriz de cores, instrumentos facilitadores da compreensão dos resultados obtidos. É apresentada, ainda, a título de desafios para o futuro, algumas recomendações vinculadas às principais preocupações do setor ambiental. Finalmente, a identificação da equipe e as referencias técnicas utilizadas.

8 - TURISMO SUSTENTÁVEL EM ÁREAS LITORÂNEAS: O CASO DOS  MANGUEZAIS DE CANAVIEIRAS, BAHIA

RESUMO

 

No estado da Bahia, em particular a área do município de Canavieiras, destaca-se por possuir um dos ecossistemas de manguezal mais rico do país em material orgânico. Estes ecossistemas constituem-se na base econômica para a sobrevivência de um contingente populacional humano significativo e movimentam outras esferas da economia local, ramificando-se pelo comércio, gastronomia, atividades turísticas e saúde, promovendo a circulação de valores monetários e geração de emprego e renda.

Neste contexto, a introdução de práticas sustentáveis relacionando turismo e meio ambiente é uma alternativa para mitigar alguns problemas ambientais, desde que sejam respeitados os valores ecológicos das áreas, e sua exploração turística seja feita de modo equilibrado, ordenado e planejado. O turismo deve aliar benefícios econômicos para a população da região como também recursos para sua conservação.

O presente trabalho objetivou identificar as possibilidades de desenvolvimento do turismo sustentável nas áreas de manguezais do município de Canavieiras, Bahia, visando subsidiar na identificação de alternativas complementares para geração de emprego e renda e uso sustentado dos recursos naturais. Inicialmente são apresentadas características dos ecossistemas de manguezais e sua importância social, ambiental e econômica, ressaltando também o valor da biodiversidade nestas áreas e breves considerações sobre a introdução do turismo sustentável nestas áreas.