Navegação e Comércio Texto por Bruno Pianna
Segundo a Organização Mundial do Comércio, o comércio mundial teve um crescimento de 5,5% em 2007 em relação ao ano anterior. E as mercadorias transportadas por via marítima aumentaram 4,8% em 2007 em relação ao ano de 2006. Com o crescente comércio internacional, a frota de navios cresce a cada ano, o que aumenta a demanda por mais combustível, o crescimento de portos e a quantidade de poluentes gerados.
A construção de portos e terminais marítimos e a implantação de infra-estrutura para a logística desses geram impactos diretos e indiretos na zona costeira, entre eles:
Alterações na dinâmica costeira, com indução de processos erosivos e de assoreamento e modificações na linha de costa, desmatamento de manguezais e de outros ecossistemas costeiros, efeitos de dragagens e aterros, comprometimento de outros usos dos recursos ambientais, especialmente os tradicionais, alteração da paisagem, ocorrência de potenciais acidentes ambientais (derrames, incêndios, perdas de cargas), dragagens e disposição de sedimentos dragados, geração de resíduos sólidos nas embarcações, nas instalações portuárias e na operação e descarte de cargas, contaminações crônicas e eventuais, pela drenagem de pátios, armazéns e conveses, lavagens de embarcações, perdas de óleo durante abastecimento e aplicação de tintas anti-incrustantes, à base de composto estanho-orgânicos, introdução de organismos nocivos ou patogênicos por meio das águas de lastro ou pelo transporte de cargas ou passageiros contaminados, lançamento de efluentes líquidos e gasosos, lançamento de esgoto oriundo de instalações portuárias e embarcações (CIRM, 1998).
A probabilidade destes acidentes é mais elevada junto a portos, estreitos e rotas de navegação muito concorridas e envolvem conflitos entre os setores da pesca, turismo e lazer, expansão urbana e proteção ambiental.
Referências Bibliográficas
COMISSÃO INTERMINISTERIAL PARA OS RECURSOS DO MAR - CIRM. Agenda Ambiental Portuária. Brasília, 1998.